terça-feira, 8 de julho de 2014

Craque também torce!




É hoje, Brasil. É hoje que todos os anos de preparação são colocados à prova. Que nosso coração é colocado à prova. Que a gente vai abraçar qualquer um na rua por que a vontade é de abraçar quem tá no campo, quem foi pra luta. Quem entrou pro tudo ou nada. É hoje.

É hoje, Brasil. É hoje que a gente vai do inferno ao céu em um segundo. Que a gente vai segurar aquele grito de gol na garganta. Até chegar a hora de soltar. E se essa hora chegar... Ah, se ela chegar...

E vai chegar explodindo como uma represa que de repente não segura mais nada. Tal como aquele goleiro que não segurou o chute, que aceitou o gol, e como o atacante que soltou o pé e falou: vai. Vai que dá rede você não passa. Mas quase passou. Também... Um povo inteiro chutando junto, se a rede não segurasse, a gente ia até entender.

É hoje, Brasil. E pena que não é agora. Por que eu to pronta. Quero entrar logo. Quero viver esse jogo, e depois olhar pra longe e dizer pra quem só pôde vir no meu coração: valeu! Você nos ajudou a chegar até aqui. Agora a gente te leva até a Taça. #forçaneymar #craquetambémtorce

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Quando o coração sai pela boca... e volta.





Jogo Brasil x Colômbia bombando. Falatório, Neymar contundido, confusão, gritaria. Ainda nem sabíamos da notícia fatídica que tiraria o maior craque da Copa e eu já estava no meu limite. Eu pre-ci-sa-va fumar. Tipo sério. Tipo #medáumcigarroporra. Até um gudang eu tava encarando.

Pra amenizar, fazia uns bate-e-volta no fumódromo só pra cheirar aquele fumacê. E foi numa dessas idas que esbarrei com meu marido, voltando...

- Amor, fica calma, tá? Dei duas tragadas no cigarro do Nanado mas foi só isso!

Fiquei sem ar. Travei. Minha cara de pânico deve ter dado pena, por que logo a seguir ele se entregou, rindo: "É mentira!!! Tô zoando!!! Fui lá só pra sentir a fumaça, BRASIL, BRASIL, BRASIL!!!"

Porra... É sério. Isso não se faz. O pior é que eu não sei o que me mais assustou: se foi o medo de vê-lo escorregar ou a minha animação inconsciente, pois assim que ele falou que tinha fumado, um pensamento me atingiu feito raio: SAI DA FRENTE, RAPAZ, VOU TAMBÉM!!!!!!!!!

Ainda bem que ele esclareceu logo a piada. Mais meio segundo e eu já tinha me perdido.

(Octavio, e isso só reforça minha teoria de que sem você nessa eu não tinha passado nem da primeira hora...)

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Eu melhor sem mim



Quando a gente para de fumar, as primeira semanas giram em torno disso. Você come, dorme, acorda e respira sua luta: parar de fumar. E teve amigo meu que me pediu para não falar mais disso, acredita? Que tava enchendo o saco.

Devia estar mesmo. So what? Atura, cara! É exatamente isso que você tem que dizer para algum amigo seu que resolver que não aguenta mais te ouvir falar sobre parar de fumar. Atura.

Vamos combinar que você é uma pessoa bacana, que já segurou as pontas pra muita gente, que já aturou muita pisada de bola daquele seu brother que, agora, fica de mimimi dizendo pra você virar o disco.

EU TÔ VIRANDO A DISCOTECA INTEIRA, MY FRIEND!

E é nessa hora que o amigo que tá somando senta do seu lado, segura sua mão, e escuta quieto, pela gazilhonésima vez, que a fissura tá batendo, que hoje você mordeu o cotovelo de vontade, que tá mal, que tá bom, que tá qualquer coisa.

Igual a quando a gente leva um fora e fica semanas remoendo, sofrendo, e só fala do término, do adeus. O amigo fica lá, seca suas lágrimas, te leva pra night, te traz de volta bêbado e te faz companhia na ressaca do dia seguinte, escutando sempre a mesma ladainha.

Taí, não tinha pensado nisso... Parar de fumar é como levar um fora, só que de si mesmo. Aquele fumante que morava dentro de você vai embora, deixa a maior saudade, você chora, pede para ele voltar.

Até que um dia você percebe que está muito melhor agora, que aquele relacionamento era tóxico, só te fazia mal. Teve seus bons momentos? Claro que teve. O que não tem mais é volta.

Em tempo: um agradecimento especialíssimo aqui para todos os meus amigos queridos que ficaram do meu lado aplaudindo, os de perto e os virtuais (né, Debora, né Milena?), os da família e os agregados. E o amado, meu melhor amigo e marido, que entrou nessa comigo e estamos juntos saindo do outro lado. 

sexta-feira, 13 de junho de 2014

#vaitercopamasnãovaiterlegado



Copa sem cigarro... Dá pra rolar? Tem que dar, né? Não tenho escolha.

Considerando que eu comecei a fumar com uns 20 anos de idade, minha primeira Copa como fumante foi 94. Foram cinco copas sem cigarro e cinco copas fumando, deu empate.

Ontem, eu também comecei minha caminhada rumo ao Hexa. Mas foi canja. Recebendo amigos em casa, nem me estressei com o jogo. As crianças corriam de um lado para o outro, parando para gritar junto com os adultos a cada gol do Brasil. No segundo tempo, desci com eles para o play e não tive absolutamente nenhuma vontade de fumar. Que louco. Mas a copa é um torneio curto, já dizia meu pai. É conquistada jogo a jogo, uma vitória por vez. Não pode escorregar.

Então, que venha o México. Pra cima deles!

2014 é a Copa para virar esse jogo de uma vez por todas. É 6 x 5. Rumo ao meu Hexa!

quarta-feira, 11 de junho de 2014

Por onde a gente sai daqui mesmo?



Sim, emagrecer é possível após parar de fumar. Eu tô indo... Vô indo... Fui cortando as bobagens, o drink pra relaxar, revi minhas escolhas e a balança respondeu. Tá baixando. Será mesmo que vou sair ilesa do outro lado desse túnel? Ainda não dá para ver a luz. Ou dá, mas eu não estou querendo acreditar.

Tô com medo de ser algum farol, algum outro carro, e não a saída. Mas tá parecendo.

Tô parando fumar, é sério! Tô conseguindo. Estamos conseguindo. E a vida não ficou mais chata, nem mais triste.

A vontade dá cada vez menos, mas ainda dá. E tudo bem. Aprendi a conviver com ela. Tô aprendendo...

Tô parando de fumar. Mas ainda não consigo me assumir como uma ex-fumante. Tenho receio, sei lá.

Vai que dá zebra?

Vai que a luz no fim do túnel era só um carro? (Não vai ser. Não é. Já estou vendo)


quinta-feira, 29 de maio de 2014

Mangia che te fa bene!



Hoje despachei daqui do Rio para Salvador um pacote com adesivos de nicotina Fase 3, pastilhas de nicotina e muita força para a querida Milena Ramos, que está na luta para deixar o cigarro.

Eu já fiz uma semana sem adesivo e o humor está estabilizando. Ainda inspira cuidados, claro. Mas está mais equilibrado.

Agora... Lembram quando eu me gabei de que não tinha experimentado aquele sintoma do ex-fumante de comer mais, de ter mais fome? Big mistake. Huge.

Eita porra, aqui em casa tá uma mastigação frenética. Não tenho dúvidas de que os adesivos davam uma freada maneira nessa compulsão. Eu e meu marido estamos superansiosos, e ainda por cima o inverno tá chegando... Resumo: no sábado, a gente fez Focaccia, mousse de chocolate, foi uma farra. Mas a barriga tá denunciando...

Entrei na dieta novamente e apelei para o chiclete diet para combater a necessidade de mastigar alguma coisa. Disso tudo, aprendi a não me gabar.

E é por isso que eu ainda não consigo me chamar de ex-fumante. Mas tô quase lá...

quinta-feira, 22 de maio de 2014

WHO LET THE DOGS OUT?



Edmundo é um basset hound de uns 100 anos que mora no prédio da minha mãe, irmão do Edinho, já falecido. A dona é uma senhorinha bem velhinha, e todo dia ele leva ela para passear.

É sério, o cachorro leva a velhinha na praça General Osório. Por que ela é bem velhinha, sabe? Fofa, mas já meio avoadinha. E teimosa, como é comum nos velhinho avoados, que acham que ainda podem tudo, que fazem tudo, e que nunca nada vai dar errado. Um dia, dá.

Tô chegando agora no prédio da minha mãe, quando quizumba tá armada.

"Calma, Dona Leonita, mas onde foi que a senhora viu o Edmundo pela última vez?", perguntava o porteiro.

"Na praça, meu filho, mas eu cheguei aqui e ele não tava do meu lado."

É sério. A velhinha do prédio da minha mãe tinha esquecido o cachorro na praça. Pior. Só se deu conta do fato quando chegou em casa e o porteiro estranhou ela estar voltando sozinha. "Cadê o Edmundo, Dona Leonita?" Comoção geral. True story.

O problema é que a velhinha fuma. E no nervosismo, desatou acender um cigarro atrás do outro. Tragava com força, sabe? Com vontade. Tão forte que eu pensei que a bichinha ia cair pra trás numa dessas. (Vou te contar... Tem umas velhinhas que são sortudas. Fumam a vida inteira e não acontece nada. Enfim...)

Eu já tava me oferecendo pra levar a vovó na praça pra fazer o resgate e tentar filar um pouco daquela fumaça passiva quando o Edmundo apareceu no portão, esbaforido, latindo, ralhando mesmo.

Quem viu teve a certeza de que ele tava dando uma bronca na dona. (Tão rindo? Isso é por que vocês não sabem como o Edinho morreu. Deixa quieto..)

"Muito obrigada, meus filhos. O Edmundo é um safado, ainda vai me matar do coração!"

"Vai sim, Dona Leonita", eu pensei comigo... O Edmundo. O cigarro, não...